Família é um valor que precisa ser cultivado.
Família é um valor que precisa ser cultivado. Ao longo da história da humanidade nós podemos observar como este tema era uma constante. Vários usos e costumes se desenvolveram e conviveram. Podemos analisar este tema como uma questão sociológica, mas, na hera cristã, acrescentar a forma teológica.
Vários usos e costumes conviveram e se desenvolveram em consonância com o poder econômico, a cultura, as crendices, a escravidão, as castas e assim por diante. Dentro de todo este emaranhado de formas e costumes cresceu a humanidade. A poligamia era normal e cada homem tinha tantas mulheres quantas pudesse sustentar. O sistema era muito parecido com o que acontecia com os animais. Até hoje alguns animais ainda vivem assim. Veja o exemplo dos leões.
Felizmente o sistema humano evoluiu. Não foi assim como num toque de mágica. Gradativamente ela foi se adequando e melhorando as questões de gênero. Nem em todos os quadrantes do globo terrestre existe uma unanimidade nesta questão. Existem usos e crenças que interferem. Com a evolução dos meios de comunicação e a adequação dos níveis de entendimento dos diversos povos, mesmo os que vivem mais isolados, serão atingidos.
Com o advento de cristianismo, a igualdade de gênero foi muito beneficiada. Isto não significa que tudo estava resolvido. E nem hoje está resolvida para muitos povos. Sempre haverá uma diferença física entre homem e mulher. Porém a diferença de capacidade de pensar, de dirigir, de executar, de prosperar, etc. e etc. em muitas partes do mundo já é uma realidade.
Certamente o cristianismo contribui muito neste particular. Todos nós somos iguais perante Deus. O casamento não é um sacramento. A parte legal do casamento é feita no cartório civil, na presença de testemunhas. A cerimônia na igreja é um ato religioso em que os nubentes pedem a bênção de Deus. Este costume só começou na era cristã. Temos um exemplo a este respeito quando Jesus Cristo, presente numa festa de casamento, se preocupou com o abastecimento de vinho para os convidados.
E como fica esta questão da separação de casais? Como fica a questão da fidelidade conjugal? O casamento dura enquanto houver amor, paixão e vontade de ficar juntos. A legislação já trata disto. Uma coisa não pode ser desfeita: FILHOS. Esta é uma responsabilidade intransferível. E como fica a questão da convivência dos filhos de outros casamentos? Aí é que começa o problema e o teste de maturidade e responsabilidade.
Temos muitos exemplos bíblicos que tratam desta questão. Lembram o exemplo dos filhos de Abraão? Sara e Abraão estavam com idade avançada e não tinham filhos. Só depois que Abraão teve um filho com uma empregada da casa (Agar) é que Sara também engravidou e teve um filho. Trata-se de Ismael e Isaque. A convivência entre eles não foi boa e o mesmo se pode dizer de suas progenitoras.
Isto ainda continua sendo um tema atual. Nós precisamos e temos o dever de levar esta questão muito a sério. Que cada um, que é pai ou mãe, nunca se esqueça desta responsabilidade. Os filhos não são os responsáveis pela separação dos pais.
Texto produzido pelo Professor e pesquisador Senaldo Oltivo Wächter, autor do livro da genealogia da família!